PF tem 52 inquéritos abertos por suspeita de ação dolosa. Incêndio atinge uma extensa área de vegetação próxima ao Pico das Cabras, no distrito de Joaquim Egídio, em Campinas (SP)DENNY CESARE/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDOA Polícia Federal (PF) e a Advocacia-Geral da União (AGU) costuram os termos finais de um acordo de cooperação técnica para buscar reparação financeira em casos de incêndios florestais comprovadamente dolosos.Atualmente, a PF tem 52 inquéritos abertos por suspeita de incêndio ambiental doloso. São investigações em várias partes do país, como Amazonas, Roraima, Pará, DF, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e São Paulo. Todas com indícios de ação humana e dolosa.Na prática, os laudos periciais que abastecem inquéritos e processos criminais serão compartilhados – com autorização judicial – para a AGU. Esta, por sua vez, usará as provas técnicas de danos provocados por fogo intencional para mover ações cíveis indenizatórias contra suspeitos de destruição ambiental.A PF desenvolveu uma metodologia para aferir o preço do dano ambiental, os valores para recompor a área destruída e ainda o custo do serviço ecossistêmico que a área devastada pelo fogo deixou de prestar ao planeta."A soma destes custos todos vai municiar as ações indenizatórias movidas pela AGU por meio deste novo acordo de cooperação técnica com a PF", diz o delegado Humberto Freire, diretor de Meio Ambiente da PF.LEIA MAIS:Em 10 dias, Pantanal já tem o dobro do total de incêndios de setembro de 2023Estado de SP segue em situação de emergência e tem 10 cidades com focos ativos de incêndioDino vê 'pandemia de incêndios florestais' e dá 5 dias para ampliação de efetivo contra queimadasSegundo o delegado Humberto Freire, as equipes estão trabalhando sem pausa para não perder o "princípio da oportunidade". Ou seja, não perder o timing para a coleta de provas. Alguns inquéritos já estão em fase mais avançada e poderão resultar em pedidos à Justiça de medidas cautelares contra investigados.