Lista inclui o executivo Caio Paes de Andrade, indicado para presidir a estatal. Nomes têm de ser aprovados pela assembleia de acionistas da Petrobras, onde governo tem maioria. O Ministério de Minas e Energia divulgou nesta quinta-feira (9) a lista de indicados para compor o Conselho de Administração da Petrobras. A relação inclui o executivo indicado para presidir a empresa, Caio Mario Paes de Andrade.
"O governo federal renova o seu compromisso de respeito a sólida governança da Petrobras, mantendo a observância dos preceitos normativos e legais que regem a empresa", diz a nota divulgada pelo ministério.
A lista é composta por:
Gileno Gurjão Barreto (indicado para presidir o conselho);
Caio Mario Paes de Andrade (indicado para presidir a Petrobras);
Ricardo Soriano de Alencar;
Edison Antonio Costa Britto Garcia;
Jonathas Assunção Salvador Nery de Castro;
Ieda Aparecida de Moura Gagni;
José João Abdala Filho;
Marcelo Gasparino da Silva;
Ruy Flaks Schneider; e
Márcio Andrade Weber.
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Próximos passos
As indicações ainda serão submetidas à votação da assembleia de acionistas da Petrobras. O governo é acionista majoritário, e, por isso, não deve enfrentar resistências na aprovação desses nomes.
O conselho da Petrobras possui 11 integrantes. Além dos oito indicados pelo governo, há três eleitos por acionistas minoritários, detentores de ações preferenciais e pelos empregados da empresa.
A nova indicação por parte do governo foi necessária porque o atual presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, foi eleito na mesma votação que chancelou os atuais ocupantes. Segundo a empresa, para que Coelho seja destituído, os outros membros do conselho confirmados na mesma eleição têm que ser destituídos também.
Com a nova lista em mãos, o Comitê de Pessoas da Petrobras deve avaliar o “enquadramento dos indicados aos requisitos e às vedações legais”, conforme detalhado pela companhia em comunicado ao mercado de 25 de maio.
Em seguida, o atual Conselho de Administração vai se reunir para convocar a Assembleia Geral Extraordinária, em que discutirão a destituição de José Mauro Coelho e a eleição dos membros indicados hoje pelo ministério.
A reunião de votação só será realizada 30 dias após a sua convocação.
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