Simone Tebet (MD) foi a quarta e última candidata a participar da série de entrevistas do Jornal Nacional com os presidenciáveis. Antes dela, vieram Jair Bolsonaro (PL), na segunda-feira (22); Ciro Gomes (PDT), na terça-feira (23); e Lula na quinta-feira (26). Simone Tebet responde sobre trabalho informalEm entrevista ao Jornal Nacional nesta sexta-feira (26), a candidata à Presidência Simone Tebet (MDB) foi perguntada sobre sobre seu projeto de um programa de assistência para os trabalhadores informais. Assista ao vídeo acima. Compartilhe esta reportagem no WhatsAppCompartilhe esta reportagem no Telegram O plano dela é uma espécie de seguro de renda para trabalhadores informais, que hoje são 40 milhões de brasileiros. Tebet descreveu a ideia como um Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para os informais que estão no Auxílio Brasil e afirmou já ter números e valores relativos a implementação desse programa, apesar de não ter revelado quais são. "A cada declaração, ele (o trabalhador informal) vai dizer o quanto ele realmente ganha na informalidade. (Digamos que) ele é um pedreiro e trabalha uma vez por semana e ganha R$ 150 ou R$ 190; no fim do mês ele ganhou R$ 800. Vamos colocar R$ 1 mil para facilitar minha conta: vamos depositar 15% (desse dinheiro). Isso faz parte da transferência de renda", disse."É uma forma de garantir que excepcionalmente ele possa levantar (o saldo desse fundo), não é para efeito de previdência, é para efeito de sobrevivência, mesmo, ele poderia, em alguns casos (levantar o saldo)", disse.Pelo plano dela, esses trabalhadores poderão sacar o saldo duas vezes por ano. "Temos a forma de financiamento, e (essa forma) vai ser devidamente colocada", disse a candidata. Ela afirmou que tem preocupação com a forma de financiar seu plano e que os maiores economistas liberais estão com ela. "E eles são caxias, rigorosos, e têm que ser, porque se não se aplica bem o dinheiro, se se gasta mais do que tem isso bate na inflação no preço da comida. Quem paga é o mais pobre", afirmou.Ela então sugeriu duas coisas: que há gastos do governo que podem ser cortados, como os de cartão corporativo e supersalários, e que se o Brasil voltar a crescer, haverá mais arrecadação.Pesquisa Datafolha divulgada em 18 de agosto mostra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 47% das intenções de voto no primeiro turno da eleição presidencial, seguido pelo atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), com 32%. Ciro Gomes (PDT) vem em terceiro, com 7%, seguido por Simone Tebet (MDB), com 2%.LEIA TAMBÉM:Entrevista ao JN: Tebet diz que 'tentaram puxar' seu tapete no MDB e propõe romper com 'presidencialismo de cooptação'Íntegra da entrevista: veja o que disse Simone Tebet ao JNOutras entrevistas A série de entrevistas com os candidatos do JN começou nesta segunda-feira (22), com Bolsonaro, que repetiu mentira sobre urnas eletrônicas, disse que aceitará o resultado das eleições "desde que sejam limpas e transparentes" e defendeu aliança com o Centrão. Já Ciro, entrevistado da terça-feira (23), prometeu reavaliar o tom das críticas a adversários para reconciliar o país e propôs plebiscitos diante de impasses. Na quinta-feira (25), Lula afirmou que "não pode dizer que não houve corrupção" e nos governos petistas, admitiu erros de Dilma e falou em pacificar o país.Receberam convite para a sabatina os cinco candidatos mais bem colocados na pesquisa divulgada pelo Datafolha em 28 de julho: Lula, Bolsonaro, Ciro, Tebet e André Janones (Avante), que depois retirou a candidatura.Um sorteio realizado em 1º de agosto com representantes dos partidos definiu as datas e a ordem das entrevistas.O g1 agora está no Telegram; clique aqui para receber notícias diretamente no seu celular.