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Campanha de Lula reĂșne equipe para discutir estratĂ©gias e conquistar votos na reta final

Por G1 em 13/09/2022 às 18:04:18
Em encontro virtual nesta terça-feira (13), o candidato do PT destacou importância da comunicação nas ruas e redes sociais. Campanha apresentou cartilha com calendário de ações. Campanha de Lula apresenta cartilha com calendário de ações para reta final

Reprodução/Zoom

Responsáveis pela comunicação do PT e o candidato à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, participaram de um encontro nesta terça-feira (13) para discutir estratégias e conquistar votos nas últimas três semanas da campanha. O objetivo é tentar vencer o pleito ainda no primeiro turno.

Em um encontro virtual organizado por Edinho Silva, um dos coordenadores da comunicação de Lula, a campanha apresentou a mais de 6 mil pessoas um "manual" com ações para angariar votos a favor da chapa Lula-Alckmin e fortalecer a comunicação do ex-presidente nas ruas e redes sociais.

"Precisamos de mais gente nesta batalha para eleger Lula e Alckmin", aponta o documento.

A cartilha estabelece um calendário de "mobilização da reta final". A campanha orienta que os militantes peçam votos e intensifiquem as mobilizações a partir do dia 19 de setembro – a 13 dias das eleições.

O calendário convoca ainda os militantes a repercutir a participação do ex-presidente no debate presidencial organizado pela TV Globo, no dia 29 de setembro.

"É muito importante estar nas ruas, ser vistos, mostrar força. Mas aprendemos que não dá para não pensar na presença nas redes. Sem essa conexão ruas e redes é muito difícil ganhar a eleição", disse Edinho Silva.

Como mostrou o blog da jornalista Andreia Sadi no g1, a campanha petista voltou, neste momento, os esforços para conquistar eleitores indecisos. A estratégia tem sido reforçada com os movimentos identificados nas últimas pesquisas de intenção de voto, que mostram oscilações positivas a favor do ex-presidente.

Na mais recente pesquisa Ipec, encomendada pela TV Globo e divulgada nesta segunda (12), Lula oscilou positivamente dentro da margem de erro. Ele tinha 44% no levantamento anterior e alcançou 46%.

Já o presidente e candidato a reeleição, Jair Bolsonaro (PL), manteve 31% das intenções, índice registrado anteriormente. Para a campanha, as variações podem mostrar um movimento de indecisos que passaram a apoiar o petista. Segundo Ipec, Lula tem 51% dos votos quando excluídos brancos e nulos.

Ao discursar no encontro, Lula defendeu que a campanha tenha uma comunicação "leve" e que não sejam feitas provocações contra os outros candidatos. Ele também reforçou o pedido de mobilização nas ruas e redes sociais.

"É o momento de colocar a alma para trabalhar e o coração para falar para que a gente, sem ódio, sem fazer nenhuma provocação, nem o jogo rasteiro dos nossos adversários, elevando o nível político da campanha, a gente possa dedicar esse tempo que falta para ganhar essas eleições", afirmou o ex-presidente.

Lula voltou ainda a afirmar que é possível vencer no primeiro turno. A declaração segue o tom adotado por ele em reunião com integrantes da campanha, na última semana, em São Paulo. No encontro, coordenadores, como o ex-ministro Aloizio Mercadante, afirmaram ser possível ganhar o pleito ainda no dia 2 de outubro.

"Entrem nas redes do PT e vocês vão ver que elas têm todas as informações de que é possível ganhar no primeiro turno. Edinho, tem gente que tem vergonha de dizer que vamos ganhar no 1Âș turno porque parece soberba. Não, gente. Eu nunca fiz eleição para ganhar no 2Âș turno. Toda eleição que eu participo eu quero ganhar no 1Âș. Não ganhei porque não deu, o povo não votou no primeiro”, afirmou o ex-presidente.

"Se você tem candidato que tem 1% e está acreditando que vai ganhar, eu, que tenho 46 pontos, tenho que acreditar que é possível nesses próximos 15 dias conquistar os 4% ou 5% de votos que a gente precisa para ganhar as eleições", acrescentou Lula.

Para o candidato, a campanha petista tem uma "vantagem" em relação a de Jair Bolsonaro. De acordo com Lula, os apoiadores petistas não são "algoritmos" e, por isso, as mensagens agora precisam "tocar o coração" dos eleitores:

"Acho que é necessário ganhar no 1Âș turno para dar uma lição de moral nessa gente que não acredita na democracia, no ser humano, que não gosta de sindicalistas, que não gosta de negros, que não gosta de mulher, que não gosta de solidariedade, que não sabe estender a mão para o próximo de forma fraterna", disse.

A esposa do ex-presidente, Rosângela da Silva, conhecida como Janja, endossou Lula e afirmou que não falará sobre segundo turno. Para ela, há chance de vitória daqui a três semanas.

"Particularmente, não gosto do muito do termo que ouvi companheiros falando que é o virar votos. Acho que a gente tem que conquistar votos", afirmou Janja.

Empenho nos estados

No evento, que contou com a participação de membros da coligação, Lula também voltou a pedir empenho dos militantes nas campanhas estaduais.

"É importante não nos esquecermos de falar nos nossos candidatos nos estados. Nós temos a perspectiva de eleger o presidente da República e eleger junto o governador de São Paulo, de Minas Gerais, do Rio de Janeiro, de nove estados do Nordeste e outras regiões. Não é pouca coisa o que pode acontecer nessas eleições", disse o ex-presidente;

Há uma semana, na reunião com coordenadores da campanha, houve relatos de que candidatos dos partidos ligados a Lula não estariam usando material de campanha com menções ao petista. Na ocasião, a campanha decidiu que era necessário padronizar as estratégias nacionais e estaduais para elevar as chances de Lula conquistar o Planalto no primeiro turno.
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