Com baião inédito no repertório, o disco 'Pizindim' tem participações do quarteto cubano Gema 4, do pianista Hércules Gomes e do acordeonista Marcelo Caldi. O grupo vocal Ordinarius interpreta 11 temas de Pixinguinha no álbum 'Pizindim', programado para ser lançado em 3 de março
Bruno Braz / Divulgação
? Após prestar tributos fonográficos à cantora Carmen Miranda (1909 – 1955) e ao compositor Aldir Blanc (1946 – 2020) nos álbuns Notável (2017) e Blanc (2022), o grupo vocal Ordinarius aborda em disco o cancioneiro de Alfredo da Rocha Vianna Filho (23 de abril de 1897 – 17 de fevereiro de 1973), o compositor, saxofonista, flautista e maestro carioca morto há 50 anos e imortalizado com o nome artístico de Pixinguinha.
Em Pizindim, álbum programado para 3 de março, o septeto vocal carioca – fundado e liderado por Augusto Ordine, diretor musical do grupo – interpreta onze músicas de autoria de Pixinguinha com arranjos e produção musical de Ordine.
O quarteto vocal cubano Gema 4, formado somente por mulheres, participa da gravação de Os cinco companheiros (1942). Marcelo Caldi toca sanfona no choro Naquele tempo (1934) enquanto Ricardo Vieira toca violão em Benguelê (Pixinguinha e Gastão Vianna, 1946).
O pianista Hércules Gomes toca no maxixe Parangolé (1951), tema lançado em disco somente em 2009 em gravação da Orquestra Sinfônica do Recife. Já Nilze Carvalho canta no registro do choro-canção Carinhoso (Pixinguinha, 1917 – com letra posterior de Braguinha, 1937) em gravação lançada há um ano como single.
Com temas como Uburatan (1929), Trombone atrevido (1957) e Vem vindo (baião editado postumamente em 1977 e até então inédito em disco), Pizindim é o sétimo álbum do Ordinarius, grupo formado por Augusto Ordine, Antonia Medeiros, Beatriz Coimbra, Fabiano Salek, Maíra Martins e Matias Correa nas vozes e por Mateus Xavier na percussão.
Capa do álbum 'Pizindim', do grupo Ordinarius
Bruno Braz com arte de Tatiana Agra
