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General Heleno é convocado para depor sobre suposto esquema de espionagem ilegal na Abin

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Por G1 em 30/01/2024 às 18:19:36
PF intimou o general para depor nesta terça (30) e o depoimento foi marcado para a próxima terça (6). A investigação busca esclarecer se Heleno tinha conhecimento das supostas ilegalidades cometidas supostamente por Ramagem na Abin. Ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante todo o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o general Augusto Heleno foi convocado nesta terça-feira (30) para depor no inquérito que apura um suposto esquema de espionagem clandestina dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), a mando do então diretor da agência Alexandre Ramagem. A intimação foi pela Polícia Federal (PF).

A Abin, na época, era subordinada à pasta que o general comandava.

O depoimento do general Heleno foi marcado para a próxima terça-feira (6) na sede da PF, em Brasília. Ele irá depor para a equipe que conduz o atual inquérito.

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Ex-ministro de Bolsonaro, general Heleno comandou o GSI, ao qual a Abin estava vinculada

Lula Marques/Agência Brasil

A investigação busca esclarecer se Heleno tinha conhecimento das supostas ilegalidades cometidas supostamente por Ramagem na Abin e quem eram os destinatários dos produtos e relatórios produzidos. O general era o chefe na cadeia hierárquica.

Segundo fontes da PF, existem indicativos no inquérito, ainda em sigilo, que demonstrariam que o general Heleno tinha ciência e fomentava essas supostas ações ilegais de espionagem.

Abin paralela

A operação desta segunda (29) é uma continuidade da ocorrida na quinta-feira (25), quando Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin, foi alvo de buscas. Na ocasião, foram apreendidos com eles 6 celulares e 2 notebooks – inclusive um pertencente à Abin.

Os mandados foram expedidos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moares. Segundo a decisão, Ramagem usou o órgão para fazer espionagem ilegal a favor da família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Entre os alvos estavam autoridades e desafetos, como o ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia –nesta segunda (29), o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse ao blog que iria pedir ao STF a lista de parlamentares que foram monitorados pela Abin – e uma promotora do Ministério Público do Rio de Janeiro que investigava milícias (inclusive Adriano da Nóbrega e homenageado por Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente) e as mortes de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
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