Segundo o governo, dos 54 focos de incêndio no Pantanal, 30 foram extintos, mas ainda há 24 incêndios ativos, dos quais 13 controlados. Marina Silva concede entrevista coletiva sobre incêndios no Pantanal.
Guilherme Mazui/g1
A ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática, Marina Silva, disse nesta quarta-feira (10) que dos 54 focos de incêndio no Pantanal, 30 foram extintos. Isso representa, 55% do total.
Ainda segundo Marina, os últimos dados de queimadas indicam uma estabilização, o que, segundo ela, tem a ver com as ações conjuntas com os governadores dos estados atingidos.
Há 830 profissionais atuando na região, com 15 aeronave, 15 embarcações e três bases de operação.
"Dos 54 incêndios que envolvem vários focos de calor, alguns deles chegam à casa de milhares, nós conseguimos levar 30 à extinção. O fato de estarem extintos, não significa que não devem continuar sendo monitorados. A gente não para de fazer o monitoramento", disse a ministra.
"Nós temos ainda temos 24 incêndios que estão ativos, dos quais 13 já estão controlados. E alguns, mais ou menos três que surgiram agora, que estamos planejando como fazer com que esses três incêndios tenham também frente de brigadas", completou Marina.
A ministra também afirmou que o governo publicou como medida preventiva uma medida provisória que autoriza o uso de aeronaves estrangeiras no combate a incêndios e em situações de emergência, sem a necessidade de um acordo bilateral, mas que, até agora, não "houve necessidade concreta de pedir esse reforço".
Nos últimos dias, a queda na temperatura e o aumento da umidade relativa do ar também ajudaram a afastar os focos de incêndio e a fumaça que encobria Corumbá, no Mato Grosso do Sul — conhecida como a "Capital do Pantanal". Moradores da cidade sofriam há mais de 90 dias com os impactos das queimadas.
Brigadistas
Marina afirmou que o governo pretende contratar novos brigadistas para combater incêndios no Pantanal.
A ministra destacou que o governo publicou uma medida provisória que reduz para 90 dias o intervalo para recontratar brigadistas, o que vai facilitar o reforço nas equipes.
O diretor de Proteção Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Jair Schmitt informou que o órgão pretende ampliar de 183 para 250 o número de brigadistas no Pantanal.
O coordenador de Manejo Integrado do Fogo do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), João Morita, afirmou que a previsão é ampliar de 50 para 150 brigadistas na região contratados pelo órgão.
Sala de situação
A declaração da ministra do Meio Ambiente foi dada no Palácio do Planalto, onde funciona a sala de situação que monitora os incêndios no Pantanal e na Amazônia. O mecanismo, criado em junho, é coordenado pela Casa Civil e participam também os ministérios do Meio Ambiente, Integração, Defesa e Justiça.
Ao todo, 19 ministérios atuam nas ações contra desmatamento, incêndios e seca. Além da sala de situação, o governo federal também oficializou um pacto entre a união e os estados do Pantanal para cooperação entre os estados e estratégias de combate integrada.
- Esta reportagem está em atualização