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O que disse a advogada de Flávio Bolsonaro sobre reunião com ex-presidente Bolsonaro e Ramagem sobre o caso de rachadinhas

Em entrevista na terça-feira (16), Juliana Bierrenbach, que defendia o senador em investigação sobre suspeita de rachadinha enquanto era deputado no RJ, disse que ficou 'em choque' quando viu Bolsonaro.

Por G1 em 17/07/2024 às 07:40:10
Em entrevista na terça-feira (16), Juliana Bierrenbach, que defendia o senador em investigação sobre suspeita de rachadinha enquanto era deputado no RJ, disse que ficou 'em choque' quando viu Bolsonaro. A reunião ocorreu no dia 25 de agosto de 2020 e foi gravada pelo ex-chefe da Abin Alexandre Ramagem. Fiquei em choque quando entrei na reunião e vi Bolsonaro, diz advogada

A advogada Juliana Bierrenbach, que defendia o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) em investigação sobre suspeita de rachadinha enquanto era deputado no RJ, contou detalhes sobre a reunião de setembro de 2020, em que o então presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-chefe da Agência Brasileira de Intligência (Abin) Alexandre Ramagem e o então ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Augusto Heleno.

Ela contou ao Estudio i, da Globonews, na terça-feira (16) que ficou "em choque" quando entrou na sala e se deparou com Bolsonaro.

"Eu não tinha a menor ideia [de que ele estaria presente] e fiquei em choque ao ver o presidente."

O senador Flávio Bolsonaro não estava presente na reunião e Juliana deixou o caso em abril de 2022.

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Confira o que disse a advogada sobre a reunião na entrevista:

A advogada contou que sua ex-sócia, Luciana Pires, tinha marcado reunião com o general Augusto Heleno, no Planalto, sobre o caso das rachadinhas de Flávio Bolsonaro, para protocolar uma petição no GSI sobre suspeitas de irregularidades na Receita Federal.

Quando chegou ao Planalto, identificou-se e disse que chamou por uma pessoa, cujo nome não se recorda, e que não era o general Heleno. Essa pessoa a levaria para a reunião;

Antes de entrar na sala onde a reunião aconteceria, ela e a ex-colega tiveram que deixar os celulares do lado de fora. Segundo ela, a medida impediria qualquer gravação;

Apenas quando entrou na sala da reunião, ficou em choque ao ver que o então presidente Bolsonaro estava presente;

Além do ex-presidente, estavam o general Heleno e o ex-chefe da Abin Alexandre Ramagem;

Ela diz não saber o motivo de Bolsonaro e Ramagem estarem na reunião;

Após alguns minutos na sala, entendendo onde e com quem estava, diz que realizou seu trabalho e apresentou a investigação que havia feito sobre o caso das rachadinhas de Flávio Bolsonaro. "Fiz o que eu fui lá fazer. Falamos de uma possibilidade de o Flávio ter sido alvo de um esquema dentro da Receita Federal.";

A advogada não questionou a presença de Bolsonaro na reunião. Ela afirma que "não podia fazer nada pois era o pai do seu cliente";

Juliana afirmou que nunca tinha visto ou encontrado com Ramagem anteriormente;

Ela também afirmou que o ex-chefe da Abin não determinou ou fez algum pedido sobre o caso das rachadinhas. "Não fazia ideia do que ele estava fazendo lá [na reunião]. Nunca tinha tido contato com ele. Foi a primeira vez que vi o Ramagem. Ele jamais orientou nada. Não havia nenhuma orientação do Ramagem. É um equívoco dizer que ele tivesse feito alguma investigação.";

Que não sabia que estava sendo gravada.

Não houve nenhuma orientação do Ramagem, diz ex-advogada de Flávio Bolsonaro

Na segunda-feira (15), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) retirou sigilo de gravação em que Bolsonaro debateu ações para blindar seu filho número "01" com Ramagem e com o general Augusto Heleno, à época ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Juliana e outra advogada que representavam Flávio Bolsonaro estavam presentes.

A PF diz que foi discutida proteção a Flávio contra investigações. No áudio, Bolsonaro sugere entrar em contato com funcionários públicos, usar agências e órgãos do estado para ter informações que pudessem auxiliar a defesa de seu filho.

Bolsonaro, conforme transcrição da PF, debate dados produzidos pela Receita Federal e pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) com advogadas, com ministro do GSI e com o comandante da Abin.

Em determinado trecho, Bolsonaro fala que o então governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, prometeu resolver o caso de Flávio Bolsonaro em troca de uma vaga no STF (Supremo Tribunal Federal).

Segundo a Polícia Federal na investigação da Abin paralela, o áudio da reunião possivelmente foi gravado por Ramagem.
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