A pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira com as intenções de voto para a prefeitura do Rio de Janeiro captou a sensação do eleitor pós-revelações sobre a Abin paralela. Segundo as investigações, policiais, servidores e funcionários da Abin formaram uma organização criminosa para monitorar pessoas e autoridades públicas, invadindo celulares e computadores e isso ocorreu no período em que Alexandre Ramagem era diretor da agência.Segundo os números da Quaest, as revelações não impactaram a intenção de voto em Ramagem para prefeito do Rio. O eleitor de Bolsonaro é fiel, não se incomodou e ao invés de perder votos, Ramagem ganhou: a intenção de voto subiu de 14 para 30%. Ele cresceu em eleitores da direita e também bolsonaristas: evangélicos, quem votou em Marcelo Crivella em 2020 e quem votou em Bolsonaro em 2022.Já Eduardo Paes , segundo a pesquisa, consegue furar a bolha da polarização –um feito inédito num país dividido – e angariar votos na direita e na esquerda, pegando antipetistas e antibolsonaristas. E como isso é mensurável? A pesquisa mostra . Quando o eleitor é perguntado sobre Paes, sem associá-lo a Lula, a intenção de voto vai a 52%. Quando tem o apoio de Lula declarado, 46%.Segundo Felipe Nunes, autor da pesquisa, Paes consegue votos entre eleitores que são da direita mas não votam em Bolsonaro, por considerá-lo radical; e consegue votos no centro, entre aqueles eleitores que tendem à esquerda mas não aprovam Lula.Um meio do caminho que, somado aos votos da esquerda, deixa Paes em larga vantagem e cria o fenômeno de alcance fora da polarização.Segundo Nunes, Ramagem ainda deve crescer mas , a preço de hoje, dificilmente viraria o jogo. Ainda tem muita água para rolar debaixo dessa ponte até a eleição, mas a pesquisa traduz a lealdade do eleitor de Bolsonaro a Ramagem, nem mesmo uma operação apontando suspeitas de crimes tira a intenção de votos; e o alcance de Paes descolado do apadrinhamento de Lula.A pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira com as intenções de voto para a prefeitura do Rio de Janeiro captou a sensação do eleitor pós-revelações sobre a Abin paralela. Segundo as investigações, policiais, servidores e funcionários da Abin formaram uma organização criminosa para monitorar pessoas e autoridades públicas, invadindo celulares e computadores e isso ocorreu no período em que Alexandre Ramagem era diretor da agência.Segundo os números da Quaest, as revelações não impactaram a intenção de voto em Ramagem para prefeito do Rio. O eleitor de Bolsonaro é fiel, não se incomodou e ao invés de perder votos, Ramagem ganhou: a intenção de voto subiu de 14 para 30%. Ele cresceu em eleitores da direita e também bolsonaristas: evangélicos, quem votou em Marcelo Crivella em 2020 e quem votou em Bolsonaro em 2022.Já Eduardo Paes , segundo a pesquisa, consegue furar a bolha da polarização –um feito inédito num país dividido – e angariar votos na direita e na esquerda, pegando antipetistas e antibolsonaristas. E como isso é mensurável? A pesquisa mostra . Quando o eleitor é perguntado sobre Paes, sem associá-lo a Lula, a intenção de voto vai a 52%. Quando tem o apoio de Lula declarado, 46%.Segundo Felipe Nunes, autor da pesquisa, Paes consegue votos entre eleitores que são da direita mas não votam em Bolsonaro, por considerá-lo radical; e consegue votos no centro, entre aqueles eleitores que tendem à esquerda mas não aprovam Lula.Um meio do caminho que, somado aos votos da esquerda, deixa Paes em larga vantagem e cria o fenômeno de alcance fora da polarização.Segundo Nunes, Ramagem ainda deve crescer mas , a preço de hoje, dificilmente viraria o jogo. Ainda tem muita água para rolar debaixo dessa ponte até a eleição, mas a pesquisa traduz a lealdade do eleitor de Bolsonaro a Ramagem, nem mesmo uma operação apontando suspeitas de crimes tira a intenção de votos; e o alcance de Paes descolado do apadrinhamento de Lula.