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Centro de Pesquisa que abriga Sirius recebe 943 inscrições para curso de graduação em ciências; 72% são de escolas públicas

Por G1 em 20/01/2022 às 04:09:31
Curso de bacharelado gratuito em ciência, tecnologia e inovação terá duração de 3 anos. Seleção inclui notas do Enem e aprovados terão moradia, alimentação e transporte custeados pela escola. Prédio da Ilum Escola de Ciências, iniciativa do CNPEM, em Campinas (SP)

Reprodução

A Ilum Escola de Ciências, iniciativa do Centro Nacional de Pesquisa em Energias e Materiais (CNPEM), em Campinas (SP), onde foi desenvolvido o Sirius, superlaboratório de luz síncrotron, recebeu 943 inscrições para 40 vagas na 1ª turma do curso integral de graduação em Ciência, Tecnologia e Inovação. Do total, 72,6% cursaram ensino médio em escolas públicas; veja abaixo perfil.

O curso é gratuito, tem duração de três anos em período integral e pelo menos metade das vagas é destinada para estudantes oriundos de unidades públicas - os aprovados terão moradia, alimentação e transporte custeados pela escola, além de um computador pessoal para uso durante a formação.

Na primeira etapa do processo foi requisitada uma manifestação de interesse do candidato e, a partir dela, e análise sobre desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), serão selecionados 200 candidatos para a etapa final, de entrevista individual e on-line, entre 21 e 24 de fevereiro. Já a lista de convocados será divulgada em 25 de fevereiro, segundo a assessoria do CNPEM.

"O perfil de alunos que buscamos é o do jovem curioso, com um interesse genuíno pela ciência, que busca respostas para as questões reais que o mundo do século XXI enfrenta. É um projeto baseado na mão na massa e na mente trabalhando. O grande objetivo é a formação de cientistas, com um aprendizado profundo", destacou em nota o diretor da da Ilum, Adalberto Fazzio.

Perfil dos candidatos

Ensino médio

685 são de escolas públicas - 506 de cursos regulares e 179 de colégios técnicos;

258 são da rede particular - 227 de cursos regulares e 31 de escolas técnicas privadas;

Gênero

554 (58,7%) são do gênero masculino

380 (40,3%) são do gênero feminino

5 (0,5%) preferiram não informar

4 (0,4%) declararam outros gêneros

Origem

São Paulo (53,4%)

Minas Gerais (6,6%)

Rio de Janeiro (5,2%)

Distrito Federal (4,7%)

Bahia (4,6%)

Pernambuco e Amazonas (2,4%, cada)

Pará (2,2%)

Goiás (1,8%)

Tocantins e Paraná (1,7% cada)

Ceará (1,6%)

A escola

A Ilum fica instalada em um prédio do bairro Santa Cândida, em Campinas, endereço onde na década de 1980 os pesquisadores iniciaram o desenvolvimento do primeiro acelerador de elétrons brasileiros, o UVX, recentemente substituído pelo Sirius. O prédio foi reformado para abrigar a Escola de Ciências.

Segundo o CNPEM, o currículo contemplará os seguintes campos: linguagens matemáticas; ciências da vida, ciências da matéria, humanidades e empreendedorismo.

Nos dois primeiros anos, haverá aulas teóricas e práticas no prédio sede da Ilum com imersão gradual no CNPEM, enquanto o terceiro ano será dedicado exclusivamente ao desenvolvimento de projetos.

Sirius, laboratório de luz síncrotron de 4ª geração, reforça a ciência no enfrentamento do novo coronavírus

Nelson Kon

O que é o Sirius?

Principal projeto científico do governo federal, o Sirius é um laboratório de luz síncrotron de 4ª geração, que atua como uma espécie de "raio X superpotente" que analisa diversos tipos de materiais em escalas de átomos e moléculas.

Entenda o Sirius, o novo acelerador de partículas do Brasil

Além do Sirius, há apenas outro laboratório de 4ª geração de luz síncrotron operando no mundo: o MAX-IV, na Suécia.

Para observar as estruturas, os cientistas aceleram os elétrons quase na velocidade da luz, fazendo com que percorram o túnel de 500 metros de comprimento 600 mil vezes por segundo. Depois, os elétrons são desviados para uma das estações de pesquisa, ou linhas de luz, para realizar os experimentos.

Esse desvio é realizado com a ajuda de imãs superpotentes, e eles são responsáveis por gerar a luz síncrotron. Apesar de extremamente brilhante, ela é invisível a olho nu. Segundo os cientistas, o feixe é 30 vezes mais fino que o diâmetro de um fio de cabelo.

Entenda como funciona o Sirius, o Laboratório de Luz Síncrotron

Infográfico: Juliane Monteiro, Igor Estrella e Rodrigo Cunha/G1

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Fonte: G1

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